O Quintal da Minha Casa...

O Qintal da Minha Casa...

O Quintal da minha casa

Esconde muito mistério

O primeiro como pode

Que não tem uma casa própria

Ter um imenso quintal

Trinta quilômetros quadrados

Por conta do ministério?!

Quando olho para os lados

Não vejo o horizonte

Só muitas plantas se mostram

Em verde e tons diversos

De que fonte?! Vem da vida

São flores bem coloridas

Umas cheiram, outras não

E saibam, quanta beleza

Paira neste imenso chão

O canto dos passarinhos

Que concorrem com as cigarras

Até um certo galo

Que canta fora de hora

Faz-me rir, sabe porque

É tão desafinado, o pobre galo

Mas canta com alegria

E se sente pertencente

Nessa imensa harmonia

Cada um no seu pedaço

Mas dividindo o espaço

Em perfeita alegria

Ante a orquestra que se mostra

Dos outros bichos, aqui

Nesta selva maravilhosa

Se encontra Capivara

Aranha, formiga e carrapato

Muito gato selvagem

Tem de tudo nessa estrada

Aventurando-me pelas trilhas

Vou pisando o chão de barro

Folha seca ou molhada

Pedras e muito galho

Mas o que mais me leva

A encontrar inspiração

É o tapete de folhas

A sustentar pelos ares

Flores que não conheço

Mas explodem em beleza e arte

São tantas, mas tantas, tantas

Que não consigo contar

Pressupõe um infinito

No meu alcance de olhar

Mostrando a percepção

Cada um tem seu limite

E o meu é o coração

Vejo flores amarelas

Que concorrem com o sol

Não sei se é Margarida

Ou quem sabe, Girassol

O que sei, que todo dia

Me desperta a atenção

Por tanta cor e beleza

Que alegra o coração

Diante da natureza

Vou lhes contar um segredo

Da fazenda Chapadão

Aqui o vento sopra

Um aroma inebriante

Mel silvestre em mistura

Com a mais pura camomila

Flor menina ou sei lá

Juro que não sei dizer

Só sei que guardo lembrança

De um Imenso cinturão

De terra que foi um dia

Comprada de um Barão

De Itapura a decisão

De vender as suas terras

Para guarda da nação

Não posso deixar de falar

Das flores do meu jardim

Que também é tão imenso

Que mal posso contar, em fim

Mas vou mostra duas plantas

Que me chamam a atenção

Uma é a Figueira Santa

A outra Jequitibá

Viva a selva, a floresta

O jardim ou o quintal

Neles encontro o brilho

Deste pedaço de chão

O que quero lhes dizer

É que a natureza é bela

Sei que muitos nem percebem

Por isso pra entender

O que consigo pensar

É que dia um mestre falou

"Quem tem olhos de ver"

"E ouvidos de ouvir"

Poderá vislumbrar

E agradecer, à sua volta

As obras do Criador

Observe mais um pouco

E bem mais feliz será

Basta sentir a vida

Que pulsa raiz a dentro

E se externa para fora

Pra dizer que tudo vibra

Da tua compreensão

De tudo que habita em ti

Há na bela natureza

Encontrando com certeza

Muito amor no coração.

Reijane Brasileiro
Enviado por Reijane Brasileiro em 16/06/2017
Reeditado em 26/01/2020
Código do texto: T6029363
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