ÀS VEZES
Às vezes recordo-me,
Do teu gozo na minha boca,
Extasio-me, não contenho-me
Tal sensação louca,
Minha língua no teu fruto vermelho,
O cheiro impregnado na alma,
Corpos nus refletido no espelho,
Arrepios, suores e a essência da chama,
Arranhões nosso corpo,
Gritos longos naquele quarto,
Hipnotismo do nosso ser,
Recordo-me daquele instante de prazer,
Bate aquela saudade, de ter-te outra vez,
Tuas pernas abertas, à mercê das vontades,
Aquele toque de sensatez…
Indo ao fundo dos segredos,
No acto da entrega, no instante sano,
Da insanidade dos gemidos,
O cheiro forte que nos embriagava,
Ainda ontem senti-o na alvorada,
Esse desejo de possuir-te de novo,
Sentir a quentura e o prazer do teu corpo...
(M&M)
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ARDÊNCIA
Loucura, pura,
é sentir o que eu sinto,
esse prazer indistinto,
que nos junta todo dia,
na maior das alegrias,
a mais suprema ventura!
Não contenho a ânsia ardente,
que nos une corpo e alma.
Sou um ser inteligente,
porém nada me acalma,
a não ser tua presença,
que bem mais que uma crença,
é a salvação completa,
para este pobre poeta,
que te deseja e almeja,
ser pra sempre teu amante,
neste momento presente,e no futuro distante.
HLuna