ALPENDRE

Do alpendre...

Uma lua, uma rua

a brisa da noite se estende

... E as recordações se entendem

com todas saudades sua.

A quanto tempo ficou!

A corda que voce pulava...

Os sorrisos e o anel da noite

que pelas mãos, inocentes passava...

Aquele primeiro beijo...

Dado com tanto tremor!

Depois do temporal da chuva

o arco-íres e suas cores

em meio a ciranda da roda...

Trazia, jardins e amores.

O sonhar com tanto amar

propagava-se cantando versos

o tempo era de cirandá

os versos, eram de confesso.

Hoje, d'aquele alpendre

a lua te faz recordar

d'aquela infância encantada

que encantou-se no tempo

levando-te, sem avisar.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 17/05/2017
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