Poetas que se separam

Na taverna da poesia nos encontramos;

Saboreamos, extasiados, o vinho dos amantes.

Vermelho vivo, sabor doce e quente;

Entoamos a melodia dos viajantes solitários.

Sim, sonhamos o fim dos descaminhos.

Desejamos seguir juntos, versos paralelos mas não...

Tuas rimas não cabiam no meu poema,

Minhas palavras ultrapassavam tuas estrofes.

Então, mais uma vez partimos,

Escrevendo destinos, rasurando a existência.

Repetiríamos a bela rima que nos uniu?

Uma pausa... O grande poeta da vida não se repete, mas o amor?

Continua em outros e eternos poemas.

José Pinheiro Júnior
Enviado por José Pinheiro Júnior em 13/05/2017
Código do texto: T5997930
Classificação de conteúdo: seguro