A MORTE DE UM POETA (EC)
Na noite que o poeta morreu
Boca a boca a notícia correu
Como assim, tão de repente?
Tinha tanta vida pela frente...
A polícia foi chamada ao local
A perícia achou tudo normal
Legista chegou a conclusão
Uma surpresa do coração
A caneta ainda na mão
Na mesa papéis rabiscados
Poemas no chão espalhados
No canto da sala... seu violão
Companheiros de madrugadas
Acertaram os preparativos
Morrer não é conto de fadas
É dor sem paliativos
A musa Lua se escondeu
Céu de estrelas pôs-se nublado
Quando o dia amanheceu
Encontrou muito rosto molhado
A vila se entristeceu
Amigos não tardaram a chegar
Poesias do que faleceu
Puseram-se a declamar
Apesar do momento perverso
A cena serviu de conforto
Enquanto vivo seu verso
O Poeta... se finge de morto
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Será que É Bom Morrer
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/seraqueeebommorrer.htm