Diante do amor.

Diante do amor.

Héryton Machado.

O amor sempre encontra seu jeito

De nos mostrar como é superior e

Está acima de questões filosóficas

Científicas e qualquer equação racional

Ou irracional que físicos e matemáticos

Tentam desvendar.

O amor aparece em causas particulares

E situações que até o diabo é capaz de duvidar,

Ele quase nunca respeita regras de etiqueta

Cláusulas e convenções sociais.

O amor apenas surge de uma tempestade

E se auto intitula como manchete de jornais.

O amor não respeita métrica, rima e

Pouco se importa se está dentro do padrão.

Antipático às vezes, esquece-se totalmente

De idade, sexo, gênero, etnia, ditados populares

E fatídicos tabus que estão sempre em discussão!

O amor muitas vezes passa feito trem bala,

Queima como pólvora e se resume a paixão.

Outras vezes é calmaria, vem manso, raso

E se firma como âncora sem qualquer inibição.

Quase sempre ele passa com um novo visual

Um olhar dissimulado, um sorriso indefinido

Brinca na lama, diz que é o dono da razão.

O amor também é desconfiado, sempre falha

Nunca tarda, gosta de contradição!

Às vezes passa minimalista e abandona

O seu maniqueísmo todo de romances,

Paradoxos e estigmas medievais.

Mas nem sempre o amor passa

E é quando ele falta que percebemos

O quanto nós somos banais!

Perto do amor somos nada.

Grãos de areia, rascunho da vida,

Células desproporcionais.

Arrisco a dizer que somos, redemoinhos

Vazios, silêncio absoluto e papeis com instruções!

Não somos um quadro bonito sem o amor,

Ou somos letra, música, canção.

Não somos um disco de vinil pirata,

Tão pouco, somos, um disco original!

_ H.M.B _

Héryton Machado Barbosa
Enviado por Héryton Machado Barbosa em 06/05/2017
Código do texto: T5991781
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