Carta ao nada

Poeira no ar

Leva contigo

A minha solidão

Que tanto aperta

O meu coração

Insensato palpita

Sem ter onde ir

Pode levar

Para distante

Onde eu não possa ver

E ter a sede

De querer me perder

Nas despedidas não feitas

Fica a dor

Acuda a quem

Tem tudo para ser

O mais feliz

Mas tem o medo

De não tentar

E se desmancha aos poucos

Só resta ar