CASTIGO

Sentimento aflora

Depois vai embora

Deixando na boca

O gosto da ausência louca

Por não ter sentido

O êxtase do prazer perdido.

Por não usufruir do desejo

Nem de um mísero beijo.

Neste momento olhando registros de outrora,

Paro e penso o que seria agora,

Se tivesse deixado fluir

Toda aquela chama

Queimando meu corpo.

E depois? Como deixá-lo ir?

Tua prole é quem tu amas

Da mesma forma ficaria só

Este é o meu castigo,

Na garganta resta um nó.

Ioleth Araújo

Altamira/PA, 2012

Do livro:

"Sob o Luar de Novembro".

Ioleth Araújo
Enviado por Ioleth Araújo em 01/05/2017
Código do texto: T5986838
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