O equilibrista
Meu lar é um pedaço do País
E eu luto pra administrar as finanças
O dinheirinho do pão, do gás, do jornal
Do transporte escolar, dos livros, do supermercado
Do combustível do carro
Do carnê das Casas Bahia
Da luz, do aluguel, do lazer
Do lazer? Que lazer?
Do dentista
Do dentista?
Que dentista?
Das indumentárias
Roupas?
Que Roupas?
E assim eu vou me equilibrando aqui e ali
Na corda bamba
Tentando alcançar o meu objetivo: viver.