Injustiça

A injustiça é amarga

E acorda o espírito

Como um café amargo

Ingrato

Azia da Alma

E sem o bom odor de seu primo físico

É ferida que supura

Com os fungos do riso e da paz do ofensor

É necrose de carne viva

Dor lancinante

Em mortal estupor

É cabelo na garganta

Que não se pode retirar

É grito na mudez da mente

Que tem no rancor seu único ouvinte?

Não, pois Alguém mais ouve

Alguém que pede a Nós

Multidão dos injustos

Que cada um suporte

Às vezes

Sua chaga cancerosa particular

Pois Ele tomou sobre si

Os versos acima

Zilhões de zilhares de vezes

João Antonio Heinisch
Enviado por João Antonio Heinisch em 24/04/2017
Reeditado em 25/04/2017
Código do texto: T5979845
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