Fadiga do amor

Desta vez

É fadiga de sofrer, precisando ver

O alumbre, sabendo não poder ter

Desta vez

Esqueço esta era caótica

A saber, o amor se estica

Me adentro a negar a ética

A urgir, a muda que fica

Desta vez

A fragrância, emana de ti

Findo a sentir, tão novo

Tão novo cresce, velho martírio

Findo a sorver, cru ovo

Desta vez

Amar a ti não soa

Uma vez que nada entoa

Mas é tarde

Na penumbra, o tempo vê

Sem saber se esquentar

Coração, se derreter

Num bater irregular