ESPÉCIE: O HOMEM (À GERALDO VANDRÉ)
Do que foi feito do Homem?
De suas ambições,
De seu orgulho,
De suas realizações?
Do que feito do Homem?
De suas palavras,
De suas reivindicações,
De sua força, de suas paixões?
Do que foi feito do Homem?
Juro não encontrar respostas,
...E na garganta brota o grito contido,
Abafado pelo sofisticado sistema,
De tornar o Homem uma espécie rara,
Enjaulado em sua própria consciência.
Do que foi feito do Homem?
Relegado a um canto qualquer,
Onde o isolam e o afastam
Daquilo que por lei da natureza,
Infinitamente lhe pertence.
Do que foi feito do Homem?
Hoje simples marionete, colocado em cabresto,
Levado sem memória para o fundo do poço,
De onde nunca mais há de se ouvir falar,
Daquela espécie que outrora,
Se chamou: O HOMEM.
Em tempo:
A ti Geraldo Vandré, pelos caminhos que cultivaste, hão de florescer lindas mudas de liberdade, pela qual o desejo tanto te consumiu e te mutilou. Que a tua voz seja para sempre um sabre amolado e pontiagudo e que continuem cantando sempre o teu lindo refrão:
“... VEM VAMOS EMBORA,
QUE ESPERAR NÃO É SABER,
QUEM SABE FAZ A HORA,
NÃO ESPERA ACONTECER.”