EM TORNO DO MEU SILÊNCIO
“Eu lavo as minhas mãos em relação àqueles que imaginam que falar seja conhecimento, que silêncio seja ignorância, e que indecisão seja arte.” (1)
“Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso.” (2)
“Porque metade de mim é o que eu grito, a outra metade é silêncio.”(3)
“Sei que nunca terei o que procuro. E que nem sei buscar o que desejo, Mas busco, insciente, no silêncio escuro. E pasmo do que sei que não almejo.” (4)
É que...
“Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos.” (5)
E nisso vejo-me quase que incompreendida.
“Gosto de pessoas que não perguntam porque estou calado. Gosto de pessoas que entendem o meu silêncio e apenas continuam ali.” (6)
Mas...
“Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.” (7)
Os mesmos... E os quais;
“Meu silêncio grita, meu olhar entrega, mas ninguém percebe.” (8)
Mas isso não me atemoriza!
Porque desde de que o mundo é mundo... Que poucas importancias se dão ... As coisas que se devessem dar. Pois;
“O silêncio foi a primeira coisa que existiu; um silêncio que ninguém ouviu.”(9)
Então me manterei assim... Em silêncio.
E...
“Só voltarei a abrir a porta
a alguém que converse comigo
sem me quebrar o silêncio
sem me roubar de mim.” (10)
Talvez assim ...
“Quando o silêncio for a razão de tudo o que eu disse até aqui, até mesmo os que quiseram me calar hão de implorar pra me ouvir!” (11)