Só mais um delírio
É o começo
Do final que não se quer
É o princípio
Do início que se teme
É o retorno
À casa fria e sombria
É o corpo
Que não luta contra o tempo
Não há mais tempo
O presente é um sentimento momentâneo
Do gozo pelo ontem
Ou do que se pensa gozar amanhã
Não há mais tempo
O porvir é a sombra do que não fomos
O passado, a incerteza do que éramos.