Trajetória

Meus pais; morreram muito antes que eu os amassem.

Deus, ainda assim, me mimou demais

os varais de sóis,

de luas e estrelas...

Ainda o mar navegando

as ruas sem semáforos,

sem reter o trâfego das pedras.

O úisque se deita pela garganta,

um banho de bar lento,

tanta conversa silenciosa me faz acordar todos os dias esperando...

esperando...

Espero morrer sempre vivendo alguma coisa.

Poder acordar a praia de pernas;

o amor me tortura como goloseima de aniversário.

Preciso rapidamente sair

ver nascer as auroras,

as mesmas horas vagas que fizeram toda a humanidade sorrir.

Toya Libânio
Enviado por Toya Libânio em 15/04/2017
Reeditado em 14/01/2019
Código do texto: T5971526
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