CLARO ENIGMA

Altos protestos e desertos inteiros

que se liam na mão... e fria, e calma,

sacode um frenesi feroz do cabelo à alma

sob o céu, meu deus, de noites esquisitas...

(em veredas nunca antes vistas)

Surgem entrelaçados os viveiros

que se uniam à terra palma a palma,

de ambos os lados... nem sopro, nem vida (nem alma!)

apenas verticais e labirínticos pinheiros

– Não digo (não minto) que percebi que tudo

que se desenha firme

no abismo do mundo

e que porque não existe é simples e perfeito....

.......... Ermo e profundo no invisível

Permanece o corpo inerte, e febril, e sem jeito....

entre dormir e acordar – mas que impossível! –

rodopia o coração de dentro do peito!

Deison Rafael
Enviado por Deison Rafael em 10/04/2017
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