CLARO ENIGMA
Altos protestos e desertos inteiros
que se liam na mão... e fria, e calma,
sacode um frenesi feroz do cabelo à alma
sob o céu, meu deus, de noites esquisitas...
(em veredas nunca antes vistas)
Surgem entrelaçados os viveiros
que se uniam à terra palma a palma,
de ambos os lados... nem sopro, nem vida (nem alma!)
apenas verticais e labirínticos pinheiros
– Não digo (não minto) que percebi que tudo
que se desenha firme
no abismo do mundo
e que porque não existe é simples e perfeito....
.......... Ermo e profundo no invisível
Permanece o corpo inerte, e febril, e sem jeito....
entre dormir e acordar – mas que impossível! –
rodopia o coração de dentro do peito!