Incessante Desilusão

A esperança é a última que se vai,

Mas, como todas,

Também, se vai

E lhe deixa só,

Abandonado,

Sem rumo,

Sem prumo,

A olhar distante,

Por incessantes instantes,

Aquela,

Prá quem se faria de tudo.

Por que ela te afastou?

Por que te proibiu?

Por que te impediu de amá-la?

Por que negou-se a dar-te a oportunidade?

De abraçá-la?

De beijá-la?

De oferecer-lhe seu carinho?

Seu sonho?

Seu desejo?

Sua poesia?

Sua vida?

O que você queria?

Era dar-lhe o mundo?

Dar-lhe tudo?

Amor?

Segurança?

Futuro?

Alegria?

Por que ela se negou?

Sem permitir-te dizer-lhe?

Sem experimentar?

Sem deixar-te aproximar-lhe?

O que restou?

O futuro?

Valerá cultivar nova esperança?

Ou, melhor será,

Evitar nova desilusão?

março/2017

Athaualpa Atahualpa
Enviado por Athaualpa Atahualpa em 22/03/2017
Código do texto: T5948720
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