Ontem

É bonito de se lembrar

Que tudo começa com garranchos

Garranchos no choro

Garranchos nos passos

Garranchos na fala

Garranchos da escrita

Somos atravessados a todo instante

Por tudo que passou

Memórias tão esquecidas, empoeiradas.

Ficam latentes e se traduzem com lágrimas

Hoje somos reféns do tempo corrido

Do tempo às vezes não escrito

Do tempo presente

Do tempo futuro

O tempo passado se torna algoz, nostálgico.

E quando trazemos para o hoje

Descobrimos em meio a tantos garranchos

Nossa real essência

Nossos sonhos escondidos

Alguns até perdidos

O garrancho do ontem

É o rascunho do hoje

Que se concretiza com a mais bela letra

De desejo futuro...

Júlio Assis

Júlio Assis
Enviado por Júlio Assis em 13/03/2017
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