MORTE DA HORA

Quando cheguei, era seis e seis

... Seis e seis do dia três do mês

gente por ali, encontrava-se de pé

fila se formando, já tinha seis... Seis

pacientes, impacientes na minha frente.

A medida que a fila aumentava

veio o tempo, veio as senhas

e com isso, apareceu as resenhas.

Barulho de alerta na parede,

marcador, números em ordem

paciências em desordens, eu ali

ficxando que o mundo é,

para quem pode.

Enquanto, Idoso, aleijados e grávidas,

tomavam a vez de todo mundo

aos olhos do certo, tudo era incerto

horas morriam em seus segundos

e o tempo ficava sem fundo.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 10/03/2017
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