MEMÓRIAS DA CASA DO POETA “RIOGRANDENSE”

– em Grafia Vintage, sem o hífen

Naquele tempo eu assinava Toni Carré. Em 01/03/91 compus este poema, que foi apresentado nos dias 24/07/1991, durante o Jantar dos 27 Anos da “CAPORI” e em 26/07/1991, na Confraternização Mensal, na Sede da Rua Visconde do Herval. Rememorando papéis antigos, encontrei uma cópia do texto, devidamente registrada e autenticada pelo saudoso irmão Nelson Fachinelli, Presidente.

CASA DO POETA ‘RIOGRANDENSE”

Toni Carré

É um castelo inacabado.

E cada um que nele chega,

Põe uma pedra na construção.

Nele não moram reis e rainhas.

Mora uma corte, a multidão.

Um “São Francisco” é seu mentor,

Que é um elo de grande união.

Este castelo é imaterial

Pois suas pedras são invisíveis

E suas cores são as do amor.

A propriedade desta morada

É ser maleável a cada um

E pode a imagem dela criar

Dela quem quer ser morador.

Lá não tem quartos e nem colchões,

Mas muitos sonhos, muitas canções!

Seu alicerce é de Poesia

E de poemas é seu telhado.

Deste castelo inacabado,

É muito grande o seu tamanho,

Tendendo sempre à imensidão.

E quanto mais pedras se ajustam,

Muito mais pedras ele requer.

É um lugar que é dos Poetas

E habita nele o que bem quiser.

http://lucianacarrero.blogspot.com.br/2017/02/memorias-da-capori.html