Sonhos

nenhum...

seja o silêncio verde, vazio...

seja o café preto, amargo...

as nuvens se espatifaram

e o lençol mal dobrado faz memória,

repleto de sílabas mudas]

jardinagem no espírito,

sem máquinas,

a manicure do peito de férias

regato, sendas e veredas....

palavras atiradas pelo amor.

Para não perder o hábito

emprestei meu coração às estrelas.

Depois que a alma afogou todas as achas

pude então,

manobrar minha cabeça

pelo leito do travesseiro

e sorrir antes de dormir.

Toya Libânio
Enviado por Toya Libânio em 01/02/2017
Reeditado em 04/02/2017
Código do texto: T5899030
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