Sonhos
nenhum...
seja o silêncio verde, vazio...
seja o café preto, amargo...
as nuvens se espatifaram
e o lençol mal dobrado faz memória,
repleto de sílabas mudas]
jardinagem no espírito,
sem máquinas,
a manicure do peito de férias
regato, sendas e veredas....
palavras atiradas pelo amor.
Para não perder o hábito
emprestei meu coração às estrelas.
Depois que a alma afogou todas as achas
pude então,
manobrar minha cabeça
pelo leito do travesseiro
e sorrir antes de dormir.