SE EU PUDESSE (...)
Tal como doí o meu peito,
Meus lábios também doem,
Na ânsia de serem tocados,
Julgo perder o que nunca tive...
Escondi-me, e me contive...
Teus lábios entre os meus,
Aquele momento de comunicação,
Creio que faltou coragem então,
E hoje tu vais, calam-se os ais...
Sem antes sentir a minha doçura,
O meu toque e as minhas loucuras,
Como doí saber, que não provaste nenhum pedaço meu,
Maldito tempo, que nem chances nos deu
E agora ver-te-ei distante...
Quão próximo estiveste...
Nem o teu perfume pude sentir,
Se o senti, foi mero acaso,
Não da forma que eu quis sentir...
O tempo foi escasso,
Numa razão efêmera,
Agora o silêncio impera...
Doí saber que ficamos na saudade,
Maldito tempo, que maldade,
Nem calaste as minhas vontades,
Nem provaste do meu baton...
A paixão que em mim arde,
Ou tão pouco do meu toque sedutor...
A chama do meu calor,
O que restou de nós!?
Não se atreva a responder,
Não quero ouvir a tal voz...
Essa paixão que nos fez se esconder,
Só o tempo sabe de nós...
E do medo que tivemos do querer
Maldito silêncio que me julga agora,
As lágrimas caem, e o que faço agora(...) !?
Julgo perder, aquilo que nunca tive(...)
(M&M)