SE EU PUDESSE (...)

Tal como doí o meu peito,

Meus lábios também doem,

Na ânsia de serem tocados,

Julgo perder o que nunca tive...

Escondi-me, e me contive...

Teus lábios entre os meus,

Aquele momento de comunicação,

Creio que faltou coragem então,

E hoje tu vais, calam-se os ais...

Sem antes sentir a minha doçura,

O meu toque e as minhas loucuras,

Como doí saber, que não provaste nenhum pedaço meu,

Maldito tempo, que nem chances nos deu

E agora ver-te-ei distante...

Quão próximo estiveste...

Nem o teu perfume pude sentir,

Se o senti, foi mero acaso,

Não da forma que eu quis sentir...

O tempo foi escasso,

Numa razão efêmera,

Agora o silêncio impera...

Doí saber que ficamos na saudade,

Maldito tempo, que maldade,

Nem calaste as minhas vontades,

Nem provaste do meu baton...

A paixão que em mim arde,

Ou tão pouco do meu toque sedutor...

A chama do meu calor,

O que restou de nós!?

Não se atreva a responder,

Não quero ouvir a tal voz...

Essa paixão que nos fez se esconder,

Só o tempo sabe de nós...

E do medo que tivemos do querer

Maldito silêncio que me julga agora,

As lágrimas caem, e o que faço agora(...) !?

Julgo perder, aquilo que nunca tive(...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 28/01/2017
Código do texto: T5895814
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