Hoje não comi,
Não dormi,não brinquei,
Não vi minha mãe,
Não vi meu pai,
Hoje perdi meu melhor amigo,
Não levei nada para casa,
Mesmo sabendo das panelas vazias,
Não recebi um abraço,
Não perdoei,
Chorei por alguém,
Fui indiferente,
Incondizente,
Perdi meu emprego,
Duvidei de Deus,
Não tive fé,
Não orei,
Perdi tempo,
Julguei,
Fui desonesto,
Indigesto,
Hoje neste mundo,
São tantas coisas,
Que o poema sangraria,
Teria pena,
Caíria em prantos,
E velaria teus mortos.
Todos os dias morremos no outro,
Renascemos no outro,
Sofremos no outro,
Julgamos o outro,
Matamos,
Ressucitamos,
E diante de tantas coisas,
Deixamos de perceber,
Que a humanidade é uma só,
Com todas as suas fragilidades,
Esta natureza rebelde,
Selvagem,
De mãos abençoadas,
E faces monstruosas,
Caudolosas em seus surtos,
Um livros de páginas em branco,
Tal qual nossa alma em seus arquétipos.
Não dormi,não brinquei,
Não vi minha mãe,
Não vi meu pai,
Hoje perdi meu melhor amigo,
Não levei nada para casa,
Mesmo sabendo das panelas vazias,
Não recebi um abraço,
Não perdoei,
Chorei por alguém,
Fui indiferente,
Incondizente,
Perdi meu emprego,
Duvidei de Deus,
Não tive fé,
Não orei,
Perdi tempo,
Julguei,
Fui desonesto,
Indigesto,
Hoje neste mundo,
São tantas coisas,
Que o poema sangraria,
Teria pena,
Caíria em prantos,
E velaria teus mortos.
Todos os dias morremos no outro,
Renascemos no outro,
Sofremos no outro,
Julgamos o outro,
Matamos,
Ressucitamos,
E diante de tantas coisas,
Deixamos de perceber,
Que a humanidade é uma só,
Com todas as suas fragilidades,
Esta natureza rebelde,
Selvagem,
De mãos abençoadas,
E faces monstruosas,
Caudolosas em seus surtos,
Um livros de páginas em branco,
Tal qual nossa alma em seus arquétipos.