Depressão poética - XII

Divagações

Polifonicamente as múltiplas ideias choradas pelos sonhos, corrompem a essência do pensamento, abdicando de ideias impróprias e corruptíveis do desejo absoluto desenhado pela singularidade do “eu” quando encerrado num quadrado pensamento fechado à luz da multiplicidade do “eles” ou mesmo de um “nós”! Resumidamente “eu” assassinei o meu próprio pensamento pela mera existência de um “tu”, um “vós”! A poesia não é mais que remanescências de um discurso individualista e egocentrista em que cada palavra quer dizer o que diz ou meramente o seu oposto, um jogo imperfeito de um código interpretativo, jogado por tantos outros desalinhados do mundo! A minha alma, pode calar-se mas jamais se resignará!

 
Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 23/01/2017
Código do texto: T5890116
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.