O Cavaleiro Apaixonado

Eis que surge um cavaleiro no longínquo horizonte, montado elegante em um corcel negro. Sua capa não estava esvoaçante por causa do sereno da madrugada. De longe parecia um jovem elegante, seu porte robusto e montaria firme denotavam um homem maduro. À medida que se aproximava, ela o observava e filtrava cada informação passada apenas pelo visual. Suas roupas estavam surradas, porem limpas, suas botas sujas de lama seca. Seus olhos vivos contrastantes com as profundas olheiras, sua barba havia sido feita na manhã do dia anterior.

Ele havia cavalgado a noite inteira... Em seus pensamentos haviam passado uma eternidade de visões, mas nem uma era maior que a visão de sua amada. Ele desejava estar nos braços dela, e só ali dormir. Ela o olhava fixamente procurando as marcas do labor. Ele não estava ferido, mas tinha semblante cansado, triste, somente quando seus olhos pousaram sobre ela, seus lábios esboçaram sorriso. Estava se aproximando. Estava chegando. Sua cama estava feita, seu banho preparado, um café o aguardava e sua mulher o desejava, ardentemente o desejava.

Ele desceu a colina, sorriu para ela, ela acenou e sentiu suas pernas tremerem, sentiu o cheiro rústico do seu homem. Ele apeou da montaria e a tomou em Beijo, ela se jogou de corpo e alma para ele. Ambos caminharam tropeçando para o interior da casa,

Aos Beijos e abraços, sem palavras verbais, apenas as do coração. Seus pensamentos eram os mesmos e os sentimentos estavam em consonância. Suas roupas ficaram pelo chão. Seus olhos viam apenas um ao outro. Seus corpos misturam suores e perfumes.

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 20/01/2017
Código do texto: T5887322
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