NO PAIS SEM LEI

No País sem lei,

o homem vira bicho bandido.

Vive dentro do nicho

Cheira cocaína e engole crack

finge que come chocolate.

É doce o sabor da droga

se joga

no céu azul escarlate....

come pão no lixo.

É um Bicho.

Divide com ratazanas

seu maior luxo.

Transa na rua, no chão

não importa a ocasião

o que importa é o tesão..

Sexo não tem nome nem pudor,

apenas gera inocentes,

todos sem sobrenome

que serão delinguentes,

por pura obrigação

serão heróis sobreviventes.

Do futuro da Nação

Ou é assim ou morrem

na mão de falsos pais, que os usam

nas paradas dos semáforos

vendendo balinhas e doces

e água cotaminada.

Crianças já não são nada,

nunca serão. Nunca foram

é isso o que vejo e sei

dentro do País sem lei.

No País sem Lei,

o que impera é a Miséria

que corta e sangra a matéria

sangue que jorra da artéria.

Podridão do Nicho.

Prostituição no centro da cidade,

maior e menor de idade.

Crianças são a diversão

de Insanos sem Patrão,

sem trabalho, sem função

são vagabundos

que se acham com razão,

são os grandes vilões

vagabundos cafetões,

são sustentados por Prostitutas e Travestis.

São violentos, hostis, sutís

querem a grana. Nada mais

ou é assim como querem

ou maltratam e ferem

os pobres de espírito

os que não tem condição

de lutar, de se amar.

Pessoas perdidas

em mãos bandidas,

as mãos dos vilões

sua grande ferida.

é isso o que vejo e sei

dentro do País sem lei

No País sem lei,

político é Cafetão.

Cafetão da Sociedade.

Bicho repugnável

animal sem outro igual

cada um tem seu curral.

Sociedade patética

imbecilidade do Profeta

ninguém entende sua meta

Prostituição da cidade.

Cidade sem lei

miserável

bicho repugnável.

Corrompe seu próprio umbigo

que se dane a Sociedade

de vez em quando faz caridade

Riqueza cercada pela miséria,

político patrão

tráfico de drogas

jogatina, prostituição

na mão do corrupto ladrão

nóia de terno e gravata.

Animal sem denominação,

escravo do inferno

feitor do mal

no País do Carnaval.

É isso que eu vejo e sinto

é isso o que vejo e sei

dentro do País sem lei

No País sem Lei,

quem não tem capital

se estrepa, se dá mal

o dinheiro compra o Poder

com luxo

relógio e carro importado

Não importa se é safado

o que importa é a lei.

E a lei é feita pra ser corrompida

nunca foi guarida

do fraco e do oprimido

sempre e apenas do bandido,

eu sei que não tem sentido

mas é isso que eu sei.

Não sei se um dia verei

safado sendo preso

e ficando lá apodrecendo

aos poucos eu vou morrendo

pagando imposto e taxa

sem ter brecha.

Mas pra eles meu irmão

muda a situação.

Sempre tem uma brecha

sempre tem um se ou um porque

eu sei a lei é uma maldição

que o próprio homem inventou.

Ela é assim manipulável

por ser indecifrável

por sabedores sutis

maldita lei meretriz

moldada pra proteger o bandido

a sociedade que se dane,

que fique sem cor nem matiz.

é isso o que vejo e sei

dentro do País sem lei.

Dentro do País sem lei

quem eu sou, eu já não sei,

sou apenas mais um

nada mais

apenas mais um pai,

preocupado com a família

com medo do amanhã.

Correndo desesperado

atrás do vil precioso metal.

Sem ele nada se tem.

Mas conseguir como convém

sempre pelo trilho do bem.

Trabalhar, ser honesto,

ser exemplo para os filhos

pra que entendam que é assim

que tem que ser.

Correr sem nada temer,

trabalhar e ser sempre mais

fazer honra à palavra Pai.

Ficar velho e poder descansar

sem ter do que se arrepender.

Não importa se a glória é do bandido

o que importa

é minha história,

fazer do jeito correto

e jamais me arrepender

de estar certo

não importando o fado

porque quem vence é o errado

é ele que é idolatrado

é isso o que vejo e sei

dentro do País sem lei.

Meu Brasil Brasileiro,

terra de samba e pandeiro.

No mundo,

não tem nada igual.

Eterno Pais do Carnaval,

quem o ama assim como eu

por favor

não me leve à mal.

Sou mais um desgarrado da sociedade

não me vejam com maldade.

Mas criticar também é amor,

seja do jeito que for.

Escrevendo ou Maldizendo

Esperança do futuro

grande quintal sem muro

ingrato e infeliz

propriedade particular de

pilantra e meretriz.

Dono de um povo

que sorri, que ri

nada faz. Nada diz

Apenas corre atrás

do sustento dos seus

de-per-si, como

se o amanhã

fosse o dia final

de tanto mal.

Mas dentro de sua alma

é um povo castigado e infeliz.

É isso o que vejo e sei

dentro do País sem lei.

NELSON TAVARES

Nelson Tavares
Enviado por Nelson Tavares em 16/01/2017
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