Amor celestial.

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Não mais direi baixinho que te amo.

Do céu e dos confins virão

Trombetas e liras anunciando

Por anjos celestiais, como num trovão.

E o sol escarlat em seu repouso

Regerá solene, a benção triunfal

E seus dourados raios como enfeite

Ornarão nosso leito nupcial.

E no dorso da manhã que se anuncia

Ao cantar primeiro da sabiá

Um prelúdio de Handel se ouvirá

Consagrando assim a profecia.

E uma chuva fina e criadeira

Cairá na terra para o cio

Fecundar a única semente

Do amor sagrado que te propicio.

E dirás: aceito porque te amo

Em ti, tudo confio.

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