POEMA RELATIVO.
Os poemas são cristais
sob a terra,
descobertos por estrelas
invisíveis,
os poemas tem
movimentos,
são ar e vida circulando
em terra árida.
Os poemas são lágrimas
que secaram,
e por não poder rolar nos
rios da emoção,
cravam nos poetas a urgência
de outra evasão,
os poemas são cheiros
de Alecrim,
no tempo do amor,
são sorrisos escondidos
na face que só chorou,
os poemas são essas coisas,
que fazem cócegas,
que traz um encantamento,
e voando pelos ventos
atingem a eternidade.
por que o poema nada tem
do poeta,
o poema é infinito,
é força bem mais que o grito,
é mão que amassa a dor,
é de todas,a maior expressão
do amor.
Agora o poeta,coitado,
é um ser que obedece,
viram noites acordados,
tecendo nas páginas seus
bordados,
para encantar um não sei quem,
o poeta diz amém,
a está voz que lhe comanda,
depois envelheci , claudica,
ficam esquecidos,
e por ser finito,morre.
Enfim ficam os poemas
como bandeiras hasteadas,
como longas estradas,
esperando por olhares.