POEMA RELATIVO.

Os poemas são cristais

sob a terra,

descobertos por estrelas

invisíveis,

os poemas tem

movimentos,

são ar e vida circulando

em terra árida.

Os poemas são lágrimas

que secaram,

e por não poder rolar nos

rios da emoção,

cravam nos poetas a urgência

de outra evasão,

os poemas são cheiros

de Alecrim,

no tempo do amor,

são sorrisos escondidos

na face que só chorou,

os poemas são essas coisas,

que fazem cócegas,

que traz um encantamento,

e voando pelos ventos

atingem a eternidade.

por que o poema nada tem

do poeta,

o poema é infinito,

é força bem mais que o grito,

é mão que amassa a dor,

é de todas,a maior expressão

do amor.

Agora o poeta,coitado,

é um ser que obedece,

viram noites acordados,

tecendo nas páginas seus

bordados,

para encantar um não sei quem,

o poeta diz amém,

a está voz que lhe comanda,

depois envelheci , claudica,

ficam esquecidos,

e por ser finito,morre.

Enfim ficam os poemas

como bandeiras hasteadas,

como longas estradas,

esperando por olhares.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 14/01/2017
Código do texto: T5881762
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