Desejos ocultos maculados...

Desejos ocultos,

As vezes insanos,

Povoam a inspiração

Por baixo dos panos.

A lágrima imberbe,

Como se fosse chuva,

Veste as entranhas

Como se fosse luva.

A frustração,

Do não gozar,

Revela a dor

Do não amar.

Os versos fluem,

A exortar o desejo,

Em busca da fonte

Que dará o beijo.

Encoberta a ausência,

Que povoa o pânico,

O delírio do corpo,

Apela ao prazer tântrico.

A seara da saudade,

Marcada pela lembrança,

Dispensa os meios,

A noite é uma criança.

Os versos seduzem,

Como estímulos plagiados,

Sem piedade da alma,

Deixam-nos extasiados.

Silêncio, silêncio...,

O sentido da interação

É preencher o vazio

Da sentida frustração.

Interagir é preciso,

Plagiar necessário,

Em todo meio

Existe um intermediário.

Raio Eterno
Enviado por Raio Eterno em 11/01/2017
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