Ode ao acaso
Solta tudo, a vida solta
Vem girando à toda volta
Se lembra de esquecer
E se esquece de lembrar!
Pois que a vultosa liberdade nada espera
Mas também ela nada dá!
Viver livre é na verdade
Da mente se libertar!
Defino em ensaios, é certo,
Pois que turbilham meus poetas!
De todo me calaria, então,
Caso mortos estivessem...
Mas não quero imergir neste caldo opulante
Opor-se às barreiras é vingar-se da vida!
Sede grande,
Vida pequena,
Morte ao caos,
Ode ao acaso.