Corpos nus
quando os bicos dos seus seios
invadem meus olhos sem receio
me acalento nos desvãos do cio
de suas mãos que me acariciam
é um roçar deliciosamente puro
a romper os poros de minha pele
que transpira gotas adocicadas,
mel que cai da sua boca na minha
sem receio ou medo do embate
me entrego como uma ave nua
que devassa o céu em piruetas
ora mirabolantes, ora impuras
dos seus lábios, gomos maduros,
jorra o aroma silvestres da terra,
de sua língua, nua e quase em fogo
sorvo a seiva bruta de minha vida