Corpos nus

quando os bicos dos seus seios

invadem meus olhos sem receio

me acalento nos desvãos do cio

de suas mãos que me acariciam

é um roçar deliciosamente puro

a romper os poros de minha pele

que transpira gotas adocicadas,

mel que cai da sua boca na minha

sem receio ou medo do embate

me entrego como uma ave nua

que devassa o céu em piruetas

ora mirabolantes, ora impuras

dos seus lábios, gomos maduros,

jorra o aroma silvestres da terra,

de sua língua, nua e quase em fogo

sorvo a seiva bruta de minha vida

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 30/07/2007
Código do texto: T585516
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