MEIO DIA NO CERRADO

Meio dia. Um canto do cerrado ermo

O silêncio quebrado pelo som do sino

A solidão na saudade sem meio termo

Céu nublado e vigorosa chuva a pino

O vazio cai na calma como um castigo

Não há burburinhos e nem um destino

O planalto devastado, ausente e antigo

Está deserto de fantasmas e de almas

A minha angústia não encontra abrigo

O vento nos buritis, parece bater palmas...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

12'00". Novembro, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 15/11/2016
Reeditado em 08/11/2019
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