Depois de você...

Lembranças de um bom tempo,

por entre as dores escapam

E o amor? Desculpe, já não tento.

Eu recuo ou à ele afasto.

Se o doce perfume que as flores exalam

trouxesse de volta a presença tua!

Não existiria na alma tamanha escuridão!

Não me sentiria assim, criatura nua.

A boca, calada e seca agora,

senti a ferida aberta, que nunca se fecha.

Sente a dor latente, fremente, que testa

a força daquele que enfim desmorona.

Caído ao chão, sem sentindo, convulsiona.