litealtura altelária

Cadeira de fio, livros do Borges e do Poe no colo, sombra em filetes do pessegueiro de outono, vizinha idosa calma durante a semana e ranzinza aos domingos, barulho na língua da sede de um cachorro, chinelo, vento cheirando a carvão e gordura, pálpebras alaranjadas pelo sol bem de frente. Disso, a sensação que literatura é justamente a cor do sol na pele.

Fernão Bertã
Enviado por Fernão Bertã em 07/10/2016
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