Ela

Tenho que parar de pensar nela. É insano demais se apegar a algo que você nem sabe se existe. Eu durmo e acordo pensando nela. Sorrio feito idiota ao lembrar dela.

Mas, cara, ela é um mundo à parte. Não sei explicar direito. Ela é um lugar para observar o pôr do sol. Um luar para clarear a minha escuridão. Um mar bravo que eu tenho medo de mergulhar.

Não sei o que fazer: meu sexto sentido falho (acredite, homem tem isso) me aconselha que devo me deixar levar por isso, mas o meu medo me reprime.

Só, que cara, não é loucura. Porque ninguém a ouviu sorrindo como eu (porque ela não sorri muito). É contagiante. Ela é teimosa, ciumenta, ambiciosa. Linda, forte, de boa consigo mesma. Eu queria ser um item dessa lista.

Tô ficando louco, eu sei. Faço planos e a abraço daqui. Não sei explicar o que mais gosto nela. Não sei se é porque ela é esse tipo de gente que vê e sente a vida fora da caixinha. Ou porque ela parece que vive em outro mundo. Talvez seja os dois.

Mas eu sou fraco. Falta em mim a coragem que nela sobra. Sinto demais e escondo. Como se amar fosse feio e querer e pertencer a apenas uma pessoa fosse pecado. Só que é isso que quero. Quero pertencer a ela. Ser só dela.

Ela é perfeita até quando some. Por que ela está tão longe de mim? Por que ela é tão sincera a ponto de me apaixonar? E assim fico eu imaginando como seria o seu beijo. Me sinto idiota escrevendo isso. Mas tudo bem. O amor nos faz tolos.

Belinda Oliver
Enviado por Belinda Oliver em 05/10/2016
Reeditado em 06/10/2016
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