Poema ao Cosmopolita
Sou filho da terra, sou filho do mar, sou filho da sorte
Minha semente veio da terra distante, escapou da morte...
Pela terra e pelo mar, caminharam meus antepassados
Em meio ao fogo tiveram seus sonhos aprisionados...
Mas seguiram, prosseguiram, fizeram do meu pai Aduaneiro
Um bebê chegado na cegonha do mar...um novo brasileiro...
Do coração da América do Sul, ele passou a ser um novo filho
Seus dedos violeiros, cantavam sempre esse estribilho...
Uma nova canção, para sua terra mãe e para o seu criador,
nunca foi violeiro famoso, tampouco um vistoso cantor...
Amava sim a bela melodia, criou animais e plantas, deixou a guerra
Mas nunca deixou de amar as mulheres,não deixou de amar sua terra...
Era filho na verdade de terra distante, buscou logo o Pantanal
Onde fez sua morada, onde trabalhou, onde viu o sol colossal...
Somos filhos do amor, da terra, da luta, da morte e da guerra,
Nossa patria é todo o Brasil, nosso berço é a Terra...