O que ficou?

O que ficou?

O que restou?

Um sentimento atrofiado pelo tempo que não soube compreendê-lo?

Uma serenidade ameaçada pelo barulho das mentes atropeladas?

O que não se foi?

O que restou?

A cama desfeita,

A água do banho empoçada atrás da porta,

A mesa posta,

A espera incontida,

O farfalhar das cortinas nunca cerradas...

Muita coisa ficou,

Pouca coisa restou incólume.