FIM DE FESTA

Não tomo limão com café

Nem troco pão por brevidade

Enquanto traço um canapé

Aumenta mais minha vontade

De viajar por esse mundo

E divulgar certas ideias

Mergulhar profano e profundo

Bailar sereno com as lampreias

De Amsterdam a Patagônia

Saborear um picolé

Enveredar na Macedônia

Dialogar com Lao Tsé

Subjugar centuriões

E os mais terríveis samurais

Ser palhaço e soltar balões

Raspar as barbas de Caifás

Para Átila, um pé na bunda

Basta de tanto lero-lero

Se até Napoleão afunda

É lógico que também quero

Aniquilar o holocausto

Brincar de pique e amarelinha

No entanto, quedarei exausto

Nos braços de minha rainha