Sobrou o silencio

Sobrou o silencio desta velha arvore emudecida

Que aos longos anos, com sua sóbria sombra

Afagou memórias enamoradas de esplendor

Pássaros cataram em sua bela copa em flor.

Assim: é o contraponto de qualquer historia.

E o desta arvore, não é! E, nunca será distinta

Em cada capitulo, entre folhas, estavam os frutos.

Que os cavilosos vilipendiaram com varas longas.

Morta no tempo que a carcomeu sem piedade, recebe!

Fios de sol que a douraram um dia, em seu frescor

Mormaços de sua mocidade avivados ainda estão

Em pequenos detalhes de suas folhas esmaecidas

Que ao seu redor, em debalde em debalde, junta-se.

Ao singelo unindo-se para conciliação num final fatal.