Imaginário

Não te quero mais em pensamentos e sonhos

pois de fato tu não vens...

Encontrar os lábios em carne

ainda macios que te espera

somente em desejos

ao ver-te em fastio

mais que depressa

e insistência esquivar-se.

As horas alongadas em espera

já me doem o peito

pesam as costas

e perpetuam minha caminhada

envelhecendo a alma.

As longas conversas dissociadas de apreensão

em compatibilidade vitoriana perdem-se no tempo.

E ao evitar e fugir

saem da boca, caem no banco

e se aglomera no chão

junto da noite e a escuridão.

Não insisto.

Não seguro .

Deixo voar a imagem da caminhada

ao luar, por hora em risos

debaixo das copas das arvores

nos assustando menos

que o vão do esquecimento

ou de não lembramento.

Que tormento ser visto e não conhecido

reconhecido, distorcido, parecido,

embebecido.

Conquanto, nesse esvaecer e desesperança

perde-se algo... aqueles antigos contos.

mas não morre a vida.

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 17/08/2016
Reeditado em 17/08/2016
Código do texto: T5731719
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