a garganta das horas

hoje pousarei

nessa costura feita

com os pedaços dos anos,

a luz é intensa nesse

bordel de estanho, a coxa

da noite já se esfrega no meu

sexo, o tempo arranha

a juventude, que se vinga

com esgrima que foge das letras,

quem vai relaxar nesse

lugarejo mal desenhado,

as torres ansiosas se infiltram na

garganta das horas, que

no relógio é apenas forma

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 12/08/2016
Reeditado em 12/08/2016
Código do texto: T5726834
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