Vidraça

Não, eu não sou de vidro.

Mas, vocês são cegos?

Míopes? Loucos? Cruéis!

Não, eu não sou de vidro,

mas é claro que eu também me quebro

E sangro, e morro, e grito!

Entre o céu a Terra e o inferno,

Existem teorias, teoremas, filosofias

Correntes que nos aprisiona.

Não nasci amordaçado.

Mas correspondo a todas elas!

E ninguém, ninguém me compreende.

Para quê? Se tudo o que faço é

Conflituoso e não carrego no peito

um coração a prova de balas, de armas?!

Meu grito pode ser contido,

Mas, não deixa de ser um grito.

Não, eu não sou de vidro miseráveis,

Mas eu também me quebro, e sangro

E morro. Porque....

Entre o céu a Terra e o inferno,

Há sempre um bastardo com

Um grito de Socorro contido no peito.

O mesmo peito que julgam não bater

Um coração. Mas que reconhece quando bate

E aprende quando apanha!

_ H. M. B _

Héryton Machado Barbosa
Enviado por Héryton Machado Barbosa em 05/08/2016
Código do texto: T5719509
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