As minhas lágrimas.

Choro de saudade
dos dias de minha infância
da primeira professora
do meu pai que se foi
do primeiro namorado,
e da inocência que eu tinha.


Choro de tristeza
por ter desperdiçado tanto tempo
por ter vacilado em momentos certos
por ter amargurado alguns corações
por ter ficado insensível às dores,
e por ter me iludido com muita gente.


Choro de alegria
ao sentir o olhar de um cão
ao ver uma flor desabrochar
quando de novo nasce o dia
ou ao ver um pôr-do-sol,
e por sempre poder chorar.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 01/08/2016
Código do texto: T5715255
Classificação de conteúdo: seguro