morte a prestação

A meu pagamento

É essa morte a prestação

O que mais faço é velar

A minha morte. E tantas,

Que de tantas, perdi a conta.

enterro parte de mim, então,

no tempo, discorro o luto que,

ao se dá, me anoiteço. Mas

um naco de luz recebo pelas

grades perdidas.

A dor da perda

O luto grave

As vezes cínico, o tempo

Disperso, não se pergunta

Ao um moribundo o que se

Morre, ou de quem se morre

O ferro ao fogo doura, antes

Do derretimento.

Então a luz

Pequena e delgada

O linha acesa por entre

Os olhos, me contento

Com pouco, a exuberância

De outro tempo por um pequeno

Córrego piedoso;

O coração sabe que outras mortes

Virão até que derradeira, a tão

Ansiada, mais formal que fato,

Alex Ferraz Poti
Enviado por Alex Ferraz Poti em 06/07/2016
Código do texto: T5689536
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