VIAJANTES
São tantas coisas que queremos,
Muitos planos que fazemos
Que nos causam aflição.
E quando algo dá errado,
Deixa muito magoado
O nosso pobre coração.
A gente culpa o destino
Quando comete um desatino...
Não aceita que errou.
E quando vem a calmaria,
O prazer se reinicia...
A gente esquece o que passou.
E muda a direção do vento
E com ele o pensamento:
O tempo passa de repente!
O que hoje é proibido,
Pode amanhã ser permitido...
E começa tudo novamente.
A ilusão é só um detalhe,
Nessa aventura tudo vale...
Cada um tem o seu valor.
Enquanto o coração bater,
Os riscos são pra valer,
A toda prova e a rigor.
A gente faz o que convêm,
Pensando em ir mais além
Daquilo que a gente é...
Querer às vezes é poder,
Mas, quando não pode ser,
Já vale a pena estar de pé.
Somos apenas viajantes
Mudando o rumo a todo instante...
À deriva nesse mar da vida.
Envelhecendo a cada segundo,
Soltos neste grande mundo...
Até que a alma nos seja permitida.
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