Elas

Ela que veio

Com seu olhar pueril

Que via em mim

Uma postura varonil

E depois outra

Com ar de reprovação

Seus olhos verdes frios

Me deixaram no chão

E depois veio ela

Buscando em mim

Um carinho puro

E ela se foi

No fim de um telefonema mudo

E mais uma apareceu

O brilho da adolescência

Em seu apogeu

Queria a razão em suas mãos

Pena que, na época

Pouco aprendeu

E na próxima

Achei que ia parar

Mas ainda vieram

Os olhos e sorrisos rasgados

A cabeça perdida em caminhos cruzados

As pernas, que em

Caminhos tortuosos me levaram

A meiga pureza

De uma jovem senhora

Mais o tato magnífico

De uma velha garota

Além de um discreto

Sorriso poético

Que me cativou

Algumas se foram

Outras

Me fui delas

Outras virão e irão

E até ja me irei por isso

Mas de nada serve

Pensar nisso

É tudo em vão

E elas sempre se vão.

Márcio Filho
Enviado por Márcio Filho em 17/06/2016
Reeditado em 27/06/2016
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