A sombra do de ontem!

À sombra do de ontem.

A sombra do de ontem

nos persegue, é sombra!

Desconfia a todo momento

Dos nossos passos cadentes

Dos nossos passos trôpegos,

Dos nossos passos bêbados..

A sombra do de ontem insiste

Mas eu afirmo e grito mais alto

Não serei como um gado triste,

Ao perceber estar perto da morte.

Não serei marcado ou ficarei inerte

sem chance a metamorfose.

Provarei o contrário da sombra

Serei eu a sua penumbra.

Mas ela teima...

É teimosa a danada!

Acha que pode tudo.

Mas de tudo não sabe nada.

Ás vezes nos segue, no verso.

Às vezes nos segue, de lado.

Ás vezes toma nossa frente

Quer nos atropelar a danada.

Arre... desconfie não perca tempo

A sombra age com maldade!

Apenas aparenta ser mansa

Mas é vendaval na verdade.

A sombra do de ontem insiste.

"Como esquecer o passado?"

Passando por ele, e eu disse.

Bem firme e pisando em seu rastro.

A sombra do de ontem insiste.

A sombra tenta crescer...

A sombra é sombra, somente.

E o passado? Não tem por quê!

_ H. M. B _

Héryton Machado Barbosa
Enviado por Héryton Machado Barbosa em 10/06/2016
Código do texto: T5663394
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