presença absurda

Na soleira da porta

O rio lá fora

O sorriso das janelas;

Um outro miasma

(sem grande tragédia)

Até aqui

Tudo igual

Ao templo das esquina,

No entanto,

Quando a onda rebentar

E desse choque monumental

Ruir o cordão que

Lhe dissimula uma

Vida, e com as mãos

Soltas, indagar o ar

Pelo rinocerontes da noite,

E esperar pela resposta

E nenhuma fresta de fogo

Retornar para o seu consolo,

E os continentes se abrirem

E em seu lugar emergir uma

Cascata de ácido sem nomes,

Plante firme seus pés

Na terra, e não pense que

Já viu tudo, já que tudo

É infinito e, aqui jaz

O passado e futuro, entranhado

Nesse presente de absurdos

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 20/05/2016
Código do texto: T5641630
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