Sombras
Ausências na expressão
Vazios soltos no brilho
As sombras, ocultação
É a indecisão da luz
Repuxos dos bruxos
O clarão com capuz
São vultos rastejantes
Pálidas indecisões
Breus flamejantes
São da noite sobras
Brisa opaca da hora
São negras dobras
De leveza flébil
Surge na aurora
Da hora é febril
De tudo és corcova
De um fio a pavio
No fulgor se renova
Sombras, no ar, cova...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 de abril, 2016 – cerrado goiano