A ÁRVORE

Sou a semente cálida entre os baldios

E vieram secas

E vieram tempestades

Mas o rebento verdadeiro veio na primavera certa

Pois me alimentei das poças

Fui ao fundo dos poços

Pássaros e relva

disputaram meu abrigo

Mas, hoje, olhai a campina

e vede quão inexplicáveis somos

árvores entre abrolhos

lírios entre espinhos

fecundados sob o mistério

das pedras.

João Dinato
Enviado por João Dinato em 31/03/2016
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